Tudo está de cabeça pra baixo.
Quando eu finalmente resolvi falar e tentar resolver tudo, tudo conspirou contra.
Mesmo não querendo, ouvi o que as pessoas me diziam e dei a segunda chance tão pedida.
O medo me consumia inesplicávelmente, ele é meu pai, não tenho o que temer.
Mas não conseguia esquecer tudo o que já havia acontecido, todas as palavras ditas; tudo estava muito claro em minha mente ainda.
Meu coração acelerava de tal forma ao entrar em minha própria - não mais- casa.
Por que?, em meu interior eu sabia que ele não havia mudado, como alguém poderia mudar tão drasticamente assim em apenas um mês?
Quando sentei naquele sofá, este que por tantos anos usei, parecia o lugar mais estranho e não adequado a mim, seu olhar, como mesmo depois de ver que podia me perder ele me olha com tamanha crueldade?
Como?
De nada adiantou o tempo, o meu isolamento; ele não entendeu nada, não entendeu que com ignorância e arrogância ele ficará só, que tudo o que eu quero é ser tratada bem, como uma família de verdade. Apenas isso.
Não precisa ser rude para ser pai, se houvesse ao menos uma razão para isso, mas não há.
Levando em conta a educação que tive, tudo é possível de resolver a partir de um diálogo, este que não esta sendo possível por puro orgulho.
Receio dizer, que minha segunda chance foi dada, e que se continuar assim ele pode me perder mesmo.
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